Crítica: O Preço da Traição

O Preço da Traição

A infi­del­i­dade entre casais é um tema bas­tante bati­do já em vários filmes, mas somente poucos con­seguem retratá-lo de maneira inten­sa e envol­vente. O preço da Traição (Chloe, EUA/Canadá /França, 2009), de Atom Egoy­an, fica entre essas duas clas­si­fi­cações, não se desta­can­do entre os out­ros do mes­mo gênero.

Cather­ine (Julianne Moore) descon­fia que seu mari­do David (Liam Nee­son), um pro­fes­sor uni­ver­sitário que está sem­pre chaman­do a atenção de out­ras mul­heres e garo­tas, pode estar train­do ela após o seu não aparec­i­men­to à sua própria fes­ta sur­pre­sa de aniver­sário. Para con­fir­mar esta sus­pei­ta, ela decide con­tratar Chloe (Aman­da Seyfried), uma pros­ti­tu­ta, para fler­tar com ele e mais tarde repor­tar a sua reação. E como não é difí­cil de se adi­v­in­har, o plano aca­ba sain­do do con­t­role de Catherine.

Se o enre­do de O preço da Traição pare­ceu famil­iar demais, pode ser porque ele é uma refilmagem do filme francês Nathalie X, de Anne Fontaine. Mas difer­ente do orig­i­nal, este não con­segue ser tão envol­vente e sexy, com exceção de uma ou out­ra toma­da, tor­nan­do-se muitas vezes força­do e fal­so. Mes­mo mostran­do várias partes nuas dos cor­pos das duas atrizes prin­ci­pais, haven­do como sem­pre o puri­tanis­mo de se escon­der o máx­i­mo pos­sív­el da bar­ri­ga para baixo, o efeito de sedução ficou meio apel­a­ti­vo demais, con­tento pou­ca sen­su­al­i­dade ver­dadeira. Sem falar em uma toma­da sim­u­lan­do sexo entre as duas per­son­agens, que chegou a ser até ridícu­la de tão mecâni­ca que ficou. Aliás, o cli­ma em ger­al é meio sem sal.

Ape­sar de já estar com quase 50 anos, Julianne Moore aca­ba rouban­do a cena em que­si­to de beleza e sedução no filme, mes­mo com os grandes olhares de Aman­da Seyfried e seu cor­po jovem.

O des­fe­cho do enre­do, ape­sar de ten­tar sur­preen­der, fica logo pre­visív­el dev­i­do às “peque­nas” pis­tas espal­hadas grada­ti­va­mente. Adi­cio­nan­do a isso o fato de pare­cer que se foi exten­di­do demais a história, a cada vez que o filme demon­stra­va se desen­volver, um novo ele­men­to sur­gia, uma sen­sação de inqui­etação para quer­er que tudo acabasse logo foi crescen­do cada vez mais. No fim de O preço da Traição já não se aguen­ta mais tan­ta “enro­lação” e o final total­mente clichê não aju­dou em nada tam­bém para mel­ho­rar essa sen­sação, fican­do o sal­do mais para neg­a­ti­vo do que para positivo.

Out­ra críti­cas interessantes:

Trail­er:

httpv://www.youtube.com/watch?v=nwqWHrwNuNk

Todas as informações e opiniões publicadas no interrogAção não representam necessariamente a opinião do portal, e são de total responsabilidade dos seus respectivos autores.
 
This entry was posted in Cinema, Críticas and tagged , , , , , , , , . Bookmark the permalink. Post a comment or leave a trackback: Trackback URL.


Post a Comment

Your email is never published nor shared. Required fields are marked *

*
*

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

Dossiê Daniel Piza
Spirallab