Balada das duas mocinhas de Botafogo

Balada das duas mocinhas de Botafogo

Esqueça a pre­mis­sa que cin­e­ma e lit­er­atu­ra não andam jun­tos. Fer­nan­do Valle e João Cae­tano com o pre­mi­a­do Bal­a­da das duas mocin­has de Botafo­go (2004) trazem a nar­ra­ti­va ráp­i­da, e nat­ur­al, de um poe­ma, ¨embu­ti­da¨ num cur­ta-metragem nada óbvio e car­regador de alguns ques­tion­a­men­tos acer­ca da mente humana. O poe­ma do escritor/compositor (e afins) car­i­o­ca, Vini­cius de Moraes, foi escrito ain­da na déca­da de 50, momen­to em que começa a enga­jar sua poe­sia à lin­guagem mais sim­ples e com temas mais sen­suais, com con­teú­do social.

Marília e Mari­na são duas irmãs que, jun­ta­mente com a mãe, são aban­don­adas pelo pai quan­do cri­anças. Bus­can­do o pai, reprim­i­do em cada uma delas, elas bus­cam no sexo e na noite o preenchi­men­to de um vazio que nem mes­mo elas com­preen­dem. Bal­a­da das duas mocin­has de Botafo­go é um efeito de mon­tagem que lem­bra os ver­sos de um poe­ma, se tor­nan­do uma imagem lírica.


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