Crítica: Encontro Explosivo

encontro explosivo

Filmes com muitas explosões, car­ros, motos, armas e tiros para todo o lado, sem fal­tar uma boa dose de romance, estão cada vez mais comuns. Encon­tro Explo­si­vo (Knight and Day, EUA , 2010), de James Man­gold, é mais um deles que, ten­tan­do agradar um públi­co maior, se jun­ta a esta macar­rona­da de gêneros, com a super fór­mu­la: ação + comé­dia + romance — sangue + cen­sura = super público.

June Havens (Cameron Diaz) é uma amer­i­cana sim­ples, boni­ta, de cer­to modo ingênua e medrosa, que tra­bal­ha em uma ofic­i­na restau­ran­do car­ros anti­gos. Roy Miller (Tom Cruise) é um agente secre­to (o mel­hor deles é claro), muito seguro e do tipo bonitão que encan­ta as mul­heres. Ess­es dois per­son­agens, total­mente opos­tos um do out­ro, ao lit­eral­mente se tombarem no aero­por­to, se apaixon­am e acabam se envol­ven­do em uma aven­tu­ra que vai mudar total­mente a vida de ambos. Lin­do não? Os opos­tos se atrain­do, um cara cav­al­heiro e inteligente, sal­van­do a lin­da donzela de sua vida paca­ta e sem aventuras.

Mis­tu­ran­do sem­pre tomadas de ação com romance e comé­dia, Encon­tro Explo­si­vo não desagra­da nesse aspec­to, mas erra por pos­suir um rit­mo fra­co, difi­cul­tan­do uma imer­são maior nos acon­tec­i­men­tos do filme. E como comé­dia ele tam­bém deixa a dese­jar, não saben­do uti­lizar muito bem cer­tos ele­men­tos da cul­tura ger­al, como foi feito em Esquadrão Classe A de Joe Car­na­han, con­segue ape­nas algu­mas risadas per­di­das ao lon­go dos acon­tec­i­men­tos. Um pon­to de destaque é a tril­ha sono­ra do filme, que ficou muito legal, prin­ci­pal­mente com algu­mas músi­cas da ban­da Gotan Project, que mis­tu­ra tan­go com alguns ele­men­tos mais modernos.

Prin­ci­palmene depois de Mis­são Impos­sív­el (os três), e mais algum out­ro filme do gênero, Tom Cruise parece que está chegan­do ao modo Deus, onde ele con­segue faz­er o impos­sív­el até com uma bala de men­ta e um clips de papel (Mac­gyver que se cuide) e é prati­ca­mente imor­tal e infalív­el. Encon­tro Explo­si­vo pode­ria ter se saí­do muito bem se tra­bal­has­se ess­es ele­men­tos de herói agente secre­to super ultra bonzão de maneira sat­i­riza­da ou diver­ti­da, como por exem­p­lo o exce­lente Dupla Implacáv­el de Pierre Morel, mas fal­ha jus­ta­mente por levar a sério demais todos ess­es ele­men­tos. James Bond, Jason Bourne e até mes­mo Ethan Hunt, pare­cem meras baratas com­para­das com Roy Miller.

Encon­tro Explo­si­vo repete todas as fór­mu­las que já foram muito usadas e, por tam­bém ter bas­tante roman­tismo e a vel­ha história do príncipe encan­ta­do e da prince­sa, pode até agradar mui­ta gente jus­ta­mente por essa repetição. O públi­co alvo prin­ci­pal é o fem­i­ni­no, mas acred­i­to que se subes­ti­mou este públi­co, com uma visão as vezes até meio machista. Vocês, mul­heres, tam­bém acharam isso?

Out­ra críti­cas interessantes:

Trail­er:

httpv://www.youtube.com/watch?v=sPOy5KWVPgY


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