Crítica: 25 Kilates

25 kilates

O cin­e­ma em lín­gua espan­ho­la, seja na Améri­ca Lati­na ou Espan­ha, tem mostra­do um grandioso poten­cial há muito tem­po. Não é difer­ente com 25 Kilates (25 kilates, Espan­ha, 2008), filme de Patxi Amézcua, um thriller roda­do na cap­i­tal Madri, com pouco din­heiro e não deven­do nada ao cin­e­ma amer­i­cano atual.

A pelícu­la traz Kay (Aida Folch), que seria uma jovem comum se não nos fos­se apre­sen­ta­dos dados do seu estran­ho cotid­i­ano como: uma casa extrema­mente bagunça­da, um pai que perde rios de din­heiros em jogati­nas e negó­cios com traf­i­cantes mex­i­canos, e ela, que sai rouban­do car­ros de maneiras pecu­liares. Kay faz o tipo durona, e em um assalto no trân­si­to con­hece Abel (Francesc Gar­ri­do), um “cobrador de dívi­das” e ex-luta­dor frustra­do, e eis que surge a atração pelos iguais. Em uma de suas con­fusões, Sebas (Manuel Móron), o pai de Kay, se envolve num grande esque­ma de jóias envol­ven­do a polí­cia cor­rup­ta e a mídia de Madri. Nesse momen­to, o casal arquite­ta uma estraté­gia para livrar a cara dele, exercendo tudo que apren­der­am em suas vidas criminosas.

Filmes estrangeiros, com revi­ra­voltas, assim como belís­si­mo O seg­re­do dos seus olhos do argenti­no Juan José Cam­panel­la, têm sido fór­mu­las que fun­cionam muito bem con­tra a já bati­da mesmice amer­i­cana. Claro que 25 Kilates não pos­sui nem um terço da qual­i­dade nar­ra­ti­va do filme argenti­no, porém traz uma óti­ma edição, segun­do o dire­tor fei­ta em sua própria casa, que não perde a veloci­dade em nen­hum segun­do do filme.

Ape­sar dos clichês de filmes de roubo e crim­i­nosos esper­t­in­hos, os mocin­hos aqui não exis­tem e tudo fun­ciona como na real­i­dade. Tudo é uma grande teia de cor­rupção e você nem sem­pre sabe quem vai acabar fer­ran­do a vida de quem. Além do charme dos ban­di­dos falarem a vari­ação da lín­gua espan­ho­la da região do Catalão, o casal inter­pre­ta­do por Aida Folch e Francesc Gar­ri­do foge de todos os estereóti­pos de casais espiões/fugitivos em lin­das roupas e maquia­gens. 25 Kilates só com­pro­va que, hoje, filmes com enre­dos plausíveis de real­i­dade, sem todo aque­le exagero da época com Mac­Gyver, fun­cionam muito bem. Hol­ly­wood que se cuide!

httpv://www.youtube.com/watch?v=8aBzXKjVe4I


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Dossiê Daniel Piza
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