Crítica: Fora de Controle

Fora de Con­t­role (What Just Hap­pened, E.U.A, 2008), dirigi­do por Bar­ry Levin­son, que out­ro­ra já dirigiu os exce­lentes Rain Man e Sleep­ers, é um lon­ga que mes­mo trazen­do uma reunião de estre­las do cin­e­ma, entre estas alguns como Bruce Willis, Robert de Niro e Sean Penn, não con­vence muito ape­sar de ser um filme sincero.

O lon­ga tra­ta da roti­na, em duas sem­anas, na vida de Ben (Robert De Niro), um pro­du­tor de cin­e­ma, alta­mente paranói­co, que pre­cisa lidar com os mais estran­hos prob­le­mas diários. O per­son­agem de De Niro é um worka­holic nato, que além da sua vida pes­soal estar no lim­ite, pre­cisa num cur­to espaço de tem­po con­vencer um dire­tor a faz­er cortes no seu filme, para poder par­tic­i­par de Cannes, e ain­da, lidar com o ego de artis­tas temperamentais.

O que deixa Fora de Con­t­role soar sem mui­ta orig­i­nal­i­dade é a sua nar­ra­ti­va arras­ta­da com muitos diál­o­gos desnecessários. A fotografia esta­va rel­a­ti­va­mente escu­ra e alguns recur­sos não fun­cionaram tão bem, como a clás­si­ca pas­sagem do tem­po através de acel­er­ação de cenas, inten­si­f­i­can­do ain­da mais esta sen­sação. Ain­da, ape­sar da tril­ha do filme ser bem pon­tu­al, acon­te­cen­do na maior parte do tem­po só quan­do Ben entra no car­ro e deixa o CD da tril­ha sono­ra do filme que está pro­duzin­do tocan­do, este ele­men­to fica bem destoa­do do lon­ga em si. Efeito pare­ci­do tam­bém foi uti­liza­do em Paler­mo Shoot­ing, de Wim Wen­ders, só que des­ta vez de maneira surpreendente.

Ain­da que o filme não con­vença muito, vale ressaltar que Fora de Con­t­role tem algu­mas car­ac­terís­ti­cas inter­es­santes. Por exem­p­lo, em tratar da apresentação/crítica sobre as difi­cul­dades que os pro­du­tores da maior indús­tria do cin­e­ma amer­i­cano pas­sam todos os dias com os tem­pera­men­tos difí­ceis de estre­las, dire­tores e real­izadores num ger­al. Nes­sa situ­ação, destaque para Bruce Willis inter­pre­tan­do a si mes­mo, com um mal humor irôni­co que gera algu­mas risadas nas cenas em que aparece. E, até mes­mo a apa­tia de Ben, com aque­le olhar típi­co de Robert De Niro, faz o filme soar sin­cero e orig­i­nal em alguns momentos.

Ten­ho perce­bido que nos últi­mos anos Robert De Niro vem agar­ran­do todos os pro­je­tos que lhe propõem, não obten­do muito suces­so na maio­r­ia, a não ser pelo incrív­el papel em Machete, que claro, con­ta com uma exce­lente direção de Robert Rodriguez. Talvez o erro este­ja na insistên­cia que os estú­dios de Hol­ly­wood vem fazen­do em reunir um cast grande de estre­las em filmes rel­a­ti­va­mente fra­cos em roteiro e argu­men­tos pouco con­vin­centes, pare­cen­do que os filmes são mais como pro­du­tos de uma rede de fast food, con­sum­i­dos pela aparên­cia anun­ci­a­da e não pelo con­teú­do em si. E nesse que­si­to, Fora de Con­t­role deixa a men­sagem bem clara.

Out­ras críti­cas interessantes:

Trail­er:

httpv://www.youtube.com/watch?v=c3wla08D67c


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Dossiê Daniel Piza
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