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Crítica: As Viagens de Gulliver
2011 promete ser o ano em que os EUA farão jus ao ditado que fala ¨Nada se cria, tudo se copia¨ dentro do cinema. Remakes e adaptações literárias serão o grande trunfo para a saída da disfarçada crise Holywoodiana. Apostando na comédia, a releitura de As Viagens de Gulliver (Gulliver’s Travels, EUA, 2010), de Rob Letterman, traz o caricato Jack Black no papel principal e tenta modernizar o clássico da literatura inglesa do século XVIII.
Llemuel Gulliver (Jack Black) é um funcionário da expedição de correspondências de uma grande editora. Ele é apaixonado pela jornalista de viagens Darcy e ao tentar escrever um artigo para conquista-la acaba por entrar numa missão jornalística inusitada: ir até o triângulo das Bermudas e escrever sobre a experiência do lugar mítico. Não levando a sério às histórias sobre o lugar, Gulliver enfrenta uma tempestade assustadora e acorda preso no pequeno país de Lilliput tendo que convencer que não é nenhum gigante inimigo.
O filme brinca com os nomes e situações que são citadas no livro os trazendo para o atual, fazendo referências ao mundo pop que os americanos construíram. São citados desde filmes como Avatar e Wolverine até equipamentos da Apple e aparelhos domésticos de uso atual. No origial de Jonathan Swift, Gulliver representa uma metáfora da situação que a Inglaterra sofria com a França nessa época, o que não difere com as brincadeiras propostas por Jack Black, afinal, os americanos, onde chegam, dominam e instituem seu modo de viver, e isso fica claro nessa nova versão de As viagens de Gulliver.
Jack Black é o tipo de comediante, assim como boa parte dos atores dessa classe, que ou é odiado ou idolatrado. O ator mantém o mesmo estilo sempre, do roqueiro largadão que faz caretas para toda e qualquer situação, e isso não difere em As viagens de Gulliver. O maior problema gráfico do filme são algumas cenas em que o grandão Gulliver aparece no mesmo plano que os pequeninos e as imagens não ficam correspondentes, ficando nítida a montagem, talvez isso tenha ficado melhor na versão 3D.
Adaptações cinematográficas de clássicos da literatura, e de qualquer livro em geral, exigem muito cuidado. A leitura propõe outros tipos de sentidos e a criação de imagens acontece de uma forma totalmente livre para o leitor que quando passa a ser um espectador pode discordar totalmente da visão do roteirista e do diretor, dando surgimento a velha polêmica de livro versus filme. Com As viagens de Gulliver não é diferente, a proposta é colocar em cena toda a situação apresentada lá no século XVIII vista nesse mundo atual globalizado e repleto de referências. Afinal, existe algum ponto no universo que não conheça os personagens e situações, contados como novidade pelo Gulliver aos habitantes de Lilliput? E isso dá alguns créditos para o filme, para que não seja mais um pastelão de comédia.
As viagens de Gulliver é um filme mediano e sem maiores pretensões relacionadas à fidelidade literária. É um filme para entreter, mesmo que não convença tanto com algumas piadas repetitivas. Vale a pena pelas referências e transposição de situações hilariantes que no nosso cotidiano se repetem tanto que nem parecem tão divertidas.
Trailer:
httpv://www.youtube.com/watch?v=5AKK50ijczo
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