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Felicidade (1998), de Todd Solondz
O que você precisa para ser feliz? Quando conseguir aquilo que deseja, isso lhe fará realmente feliz? Talvez a pergunta mais desafiadora seja a mais básica: o que é felicidade? Todas essas perguntas são, de alguma forma, feitas em Felicidade (Happiness, USA, 1998), do diretor Todd Solondz. Mas, este não é nenhum filme motivacional de auto-ajuda, muito pelo contrário, é uma crítica ácida, cheia de humor negro, sobre pessoas que de feliz, nada tem.
Felicidade não faz carinha do gatinho do Shrek para ninguém. Há personagens que vão desde aquele em tratamento psicológico por suas obsessões sexuais, passando pelo próprio psicólogo em si, uma criança descobrindo a sexualidade, á família perfeita americana, todos são abordados com um humor ácido, cheio de ironias, para descarcar até a última camada das aparências superficiais de cada um.
Temas como violência, assassinato, sexo, pedofilia, estupro, masturbação, isolamento, terapia e remédios são apenas pontos de partida para explorar o vasto questionamento deste estado de espírito peculiar almejado por muitos. O interessante em Felicidade é que, ao mesmo tempo que estes personagens buscam ser felizes a qualquer custo, também vivem repelindo ela, sutilmente e das mais variadas maneiras.
Felicidade é um verdadeiro soco no estômago não só na hipocrisia da vida feliz que muitos dizem ter, mas também um mergulho na busca do que é realmente ser feliz. Como a música Happiness, escrita por Eytan Mirsky e tocada por Michael Stipe e Rain Phoenix, da própria trilha sonora do filme diz: Felicidade, onde está você? Eu procurei tanto por você. ( Happiness, where are you? I’ve searched so long for you. )
Trailer (infelizmente não encontrei legendado):
httpv://www.youtube.com/watch?v=FkQ_JxoWUP8
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