Crítica: O Gato de Botas

Des­de o segun­do lon­ga da fran­quia Shrek foi impos­sív­el esque­cer os olhin­hos pidões do gato com sotaque espan­hol. O feli­no atrav­es­sou o cam­in­ho do con­to de fadas ao aves­so do ogro verde e garan­tiu um lon­ga só pra ele. Com uma cam­pan­ha que se alon­gou durante o ano, O Gato de Botas (Puss in Boots, E.U.A., 2011), dirigi­do por Chris Miller, chega as telas con­tan­do as aven­turas do feli­no antes de con­hecer Shrek.

Há algum tem­po a Dream­works vem acer­tan­do em traz­er sagas de aven­tu­ra com seus per­son­agens mais car­i­catos, o próprio Shrek e Kung fu Pan­da con­seguiram suas próprias sequên­cias. O Gato de Botas apre­sen­ta o iní­cio da aven­tureira história do feli­no, de como se tornou um hon­ra­do espadachim com um olhar que desar­ma os seus inimi­gos. O pequeno fil­hote é aban­don­a­do na por­ta de um orfana­to e cri­a­do como uma cri­ança, apren­den­do a lidar com pre­con­ceitos e lim­i­tações. O úni­co ami­go do gato é o garo­to-ovo Hump­ty Dump­ty, uma espé­cie de gênio mal com­preen­di­do. Num futuro próx­i­mo, o ovo falante vai intro­duzir o gato de botas numa aven­tu­ra em bus­ca da gansa dos ovos de ouro prom­e­tendo uma boa vida ao feli­no, claro que, sem antes viven­ciar uma aven­tu­ra cheia de confusões.

O roteiro gan­ha o mes­mo esti­lo do Shrek, brin­can­do com a ideia de con­tos de fadas, descon­stru­in­do as histórias cheias de benevolên­cia e lições e tor­nan­do os per­son­agens muito mais próx­i­mos do real. O Gato de Botas é basea­do no con­to homôn­i­mo do pai dos con­tos fadas, Charles Per­rault, o mes­mo cri­ador de Chapeuz­in­ho Ver­mel­ho, Cin­derela e etc. Mes­mo que cada per­son­agem ten­ha raiz em algum con­to clás­si­co todos gan­ham uma pita­da de mod­ernidade e car­i­cat­uras próprias, fazen­do uma junção de várias situ­ações de difer­entes histórias dan­do uma pro­priedade muito mais autên­ti­ca para o enredo.

Mes­mo que a pre­mis­sa do roteiro ten­ha todos os ele­men­tos para fun­cionar bem, O Gato de Botas aca­ba desan­dan­do em alguns momen­tos, deixan­do o lon­ga com algu­mas pon­tas desnecessárias, prin­ci­pal­mente em cenas de ação. Mas, con­segue fugir da temáti­ca natali­na da época e faz um bom uso da dublagem de Anto­nio Ban­deras e Sel­ma Hayek para tirar o con­to orig­i­nal do berço francês, dan­do muito mais latinidade e sen­su­al­i­dade espan­ho­la tan­to aos per­son­agens como no cenário em si.

Claro que numa ani­mação em que os per­son­agens prin­ci­pais são gatos, não há como não ouvir sus­piros no escuro do cin­e­ma. A ani­mação de O Gato de Botas é impecáv­el em questão de tex­turas e cores. E como já com­pro­va­do, o 3D fun­ciona bem mel­hor em ani­mações e vis­to numa sala da rede IMAX, o lon­ga gan­ha uma dimen­são par­tic­u­lar­mente bem inter­es­sante. Res­ta saber se em 2012 a Dream­works vai con­tin­uar investin­do em spin-offs e sequên­cias ou se vai sur­gir com mais alguns grandes per­son­agens de animação.

Trail­er:

httpv://www.youtube.com/watch?v=MjBaQ9kAJyw


Todas as informações e opiniões publicadas no interrogAção não representam necessariamente a opinião do portal, e são de total responsabilidade dos seus respectivos autores.
 
This entry was posted in Cinema, Críticas and tagged , , , , , , , , , . Bookmark the permalink. Post a comment or leave a trackback: Trackback URL.


Post a Comment

Your email is never published nor shared. Required fields are marked *

*
*

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

Dossiê Daniel Piza
Spirallab