Crítica: A Era do Gelo 4

A fran­quia da ani­mação A Era do Gelo com­ple­ta dez anos em 2012 e traz às telas o quar­to filme do grupo de ani­mais pré-históri­cos, que se tornaram ícones tan­to em téc­ni­ca de ani­mação como em roteiros diver­tidos para cri­anças e adul­tos. Dessa vez Man­ny, Sid, Diego e cia. esta­b­ele­ci­dos numa região sofrem com uma nova trans­for­mação da geografia ter­restre. A for­mação dos con­ti­nentes é o plano de fun­do para que Man­ny esta­beleça uma mel­hor relação com a fil­ha ado­les­cente, Sid apren­da a lidar com sua avó e Diego pos­sa se apaixonar. Tudo isso com aven­turas a la Piratas do Caribe, com navios de ice­bergs e um maca­co vilão que é capitão-pirata.

Aparente­mente inter­es­sante, a quar­ta sequên­cia vem com um esgo­ta­men­to nar­ra­ti­vo tor­nan­do a ani­mação um tan­to quan­to apáti­ca e repet­i­ti­va quan­to as piadas, per­son­agens e algu­mas escol­has forte­mente influ­en­ci­adas por out­ros filmes e ani­mações, como a fran­quia Mada­gas­car. Difer­entente dos ani­mais do zoológi­co Novaiorquino, que arran­cam risadas mes­mo quan­do estão pas­san­do uma men­sagem, os per­son­agens de Era do Gelo 4 (Ice Age: Con­ti­nen­tal Drift, EUA, 2012) se focam demais em serem bonz­in­hos e menos na aven­tu­ra e diver­são. Além dis­so, boa parte das cenas de ação são usadas ape­nas para jus­ti­ficar um ou out­ro ele­men­to 3D. Somente o esqui­lo Scrat se sal­va, que sem­pre em bus­ca da noz fan­tás­ti­ca, con­segue arran­car risadas da sua obsessão que aca­ba resul­tan­do em even­tos fatais na for­mação de con­ti­nentes e oceanos.

A ani­mação sai antes no Brasil e está pre­vista para o dia 13 de jul­ho nos EUA. Segun­do infor­mações ofi­ci­ais, é uma estraté­gia para priv­i­le­giar o mer­ca­do estrangeiro, mas há quem diga que a decisão tem mais a ver com a pirataria cos­tumeira­mente fei­ta nos cin­e­mas. Mas claro que há o fato do Car­los Sal­dan­ha — ago­ra não mais dire­tor e ape­nas pro­du­tor exec­u­ti­vo — ser brasileiro e estar em alta no mun­do da ani­mação, colab­o­ran­do para que o filme ten­ha um bom mer­ca­do por aqui. Já anun­cian­do novas ani­mações, o lon­ga é acom­pan­hado por uma cur­ta-metragem diver­tido dos Simp­sons, mais pre­cisa­mente do primeiro dia de aula da peque­na Mag­gie, o que indi­ca que talvez ven­ha out­ro lon­ga por aí.

E falan­do na saí­da de Sal­dan­ha da direção, talvez este seja um dos pon­tos impor­tantes dessa sequên­cia ser tão medi­ana. A qual­i­dade téc­ni­ca con­tin­ua com o selo dos estú­dios Blue Sky que der­am origem à bem suce­di­da fran­quia. Ape­sar de A Era do Gelo 4 demon­strar enfraque­c­i­men­to na saga dos ani­mais, é um lon­ga agradáv­el e uma boa opção de diver­são mas vamos torcer que ven­ham novas sagas ani­madas, com novos per­son­agens, por aí.

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