O Pássaro-do-Sol ressurge das cinzas | Editorial

Depois de um lon­go hia­to, o inter­ro­gAção vol­ta ren­o­va­do e pron­to para super­ar novos desafios

O nome inter­ro­gAção surgiu no iní­cio de 2009 para um pro­je­to de com­par­til­hamen­to de apren­diza­dos (depois apel­i­da­do car­in­hosa­mente de “Uni­ver­si­dade Pira­ta”), que acabou não vin­gan­do, mas o seu con­ceito (de inter­rog­ar e agir) ficou e não saiu mais da min­ha cabeça. Deci­di então resig­nificá-lo alguns meses depois como um blog para com­par­til­har algu­mas traduções que havia feito pelo sim­ples e puro praz­er de poder torná-las mais acessíveis, neces­si­dade que ficou mais emi­nente pric­i­pal­mente depois de ler e traduzir o quadrin­ho “Entre­tendo-nos até a morte”, do Stu­art McMillen, que me mar­cou pro­fun­da­mente na época.

Essa e mais out­ras duas traduções (“Coz­in­ha Caseira” e “O Kama Sutra da Leitu­ra”, que foi a primeira que fiz muitos anos antes) foram pub­li­cadas em jul­ho de 2009, e depois acabei não ali­men­tan­do mais o espaço. Foi só no iní­cio de 2010 que resolvi parar de deixar este espaço como uma grande inter­ro­gação na vida e final­mente assumir a ação que esta­va adorme­ci­da den­tro daque­la palavra. Como já fazia anos que que­ria escr­ev­er sobre filmes, mas ain­da não tin­ha toma­do a ini­cia­ti­va, deci­di que este seria um bom iní­cio para, final­mente, colo­car o pro­je­to em práti­ca. Assim, com a aju­da do ami­go Joba Tri­dente, escrevi min­has primeiras críti­cas de cin­e­ma. Foi dessa for­ma que, há exata­mente qua­tro anos, em uma madru­ga­da de hiper­a­tivi­dade cul­tur­al, publiquei às 0 horas (um bom mar­co para um iní­cio) a críti­ca “Hana­mi — Cere­jeiras em Flor”, tex­to que não só ofi­cial­mente lançou o inter­ro­gAção, mas tam­bém mudou com­ple­ta­mente min­ha vida.

Depois de 12 críti­cas de filmes pub­li­cadas, o blog esta­va começan­do a rece­ber mais vis­i­tas e a ter um retorno muito pos­i­ti­vo de ami­gos e vis­i­tantes. Aí pen­sei, por que não assumir o pro­je­to como um espaço colab­o­ra­ti­vo onde a cul­tura seria refleti­da por várias per­spec­ti­vas? Foi assim que o inter­ro­gAção pas­sou de um blog pes­soal para um por­tal cul­tur­al. Aos poucos os colab­o­radores foram apare­cen­do e as novas pos­si­bil­i­dades se con­cretizan­do. O foco do site deixou de ser ape­nas cin­e­ma, con­tra­cul­tura e quadrin­hos, expandin­do para lit­er­atu­ra e a cober­tu­ra de even­tos. Todas essas mudanças tiver­am como fonte de ener­gia a paixão pelo com­par­til­hamen­to e pela reflexão da cul­tura, sem qual­quer retorno financeiro.

Como todo pro­je­to, o inter­ro­gAção tam­bém teve vários altos e baixos durante ess­es qua­tro anos. Pas­samos por momen­tos de extrema empol­gação e pro­dução ao con­seguir aces­so para cobrir even­tos como a Bien­al do Livro do Rio e o Fes­ti­val de Verão de Cin­e­ma do RS, até encar­ar um inter­va­lo de meses com pub­li­cações escas­sas por con­ta da fal­ta de tem­po dos inte­grantes (fac­ul­dade, tra­bal­ho e vida pes­soal). Em 2013, o por­tal pas­sou por um dess­es choques, onde hou­ve um hia­to sig­ni­fica­ti­vo dev­i­do a uma grande mudança na equipe. Feliz­mente, em novem­bro do mes­mo ano, o pro­je­to foi lenta­mente pas­san­do por uma reestru­tu­ração inter­na, para sur­gir em 2014 total­mente trans­for­ma­do, como uma fênix revig­o­ra­da sain­do das cinzas.

Além da nova equipe do por­tal, com­pos­ta tam­bém pela edi­to­ra-exec­u­ti­va Mara Vanes­sa e pelos reda­tores Aris­tides Oliveira e Mar­il­ia Kub­o­ta, out­ro grande sinal des­ta nova fase é a estreia deste edi­to­r­i­al men­sal que, depois de qua­tro anos, final­mente entrará em ação. Várias out­ras novi­dades estão por vir, então pre­pare-se, pois viemos para, no mími­no, sacud­ir o cenário do jor­nal­is­mo cul­tur­al dig­i­tal. E para finalizar, nada mel­hor do que entoar em alto e bom som o gri­to de comem­o­ração de aniver­sário deste ano: Para o alto e avante, interrogAção!


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