Crítica: Plano B

plano b

Fomos edu­ca­dos para primeiro ter­mi­nar a fac­ul­dade, depois casar e aí ter fil­hos. E se você decidisse faz­er tudo ao con­trário? É a par­tir dessa idéia que Plano B (The Back-Up Plan, EUA, 2010), de Alan Poul, mon­ta sua história, nes­ta comé­dia romântica.

Zoe (Jen­nifer Lopez) está cansa­da de esper­ar o “homem ide­al” apare­cer em sua vida. Como quer muito ser mãe, decide que fará isso tudo soz­in­ha, e vai até uma clíni­ca de insem­i­nação arti­fi­cial para assim final­mente realizar o seu son­ho. Só que após sair da con­sul­ta, ela con­hece Stan (Alex O’Loughlin), que pode ser aque­le par­ceiro que ela tan­to procurou.

Prati­ca­mente só o uni­ver­so fem­i­ni­no é explo­rado no Plano B. O homem é um mero coad­ju­vante, total­mente per­di­do e aparente­mente quase sem nen­hu­ma vida social, o que acabou sendo mais uma inver­são, em relação à vários out­ros filmes. Mas des­ta vez tam­bém se pre­ocupou em mostrar o lado mais “cru” (leia-se: nat­ur­al, mas trata­do muitas vezes como tabu) das mul­heres. Como se com­por­ta uma mul­her grávi­da lou­ca por sat­is­faz­er seus dese­jos ali­menta­res? Como é o sexo durante a gravidez? E o par­to? O mais diver­tido dessas situ­ações foi ver essas mul­heres 100% higi­en­izadas e de plás­ti­co, pas­san­do por essas situ­ações “super embaraçosas”.

É inter­es­sante a demon­stração da total fal­ta de preparo, prin­ci­pal­mente infor­ma­cional, de mul­heres que querem fil­hos e das que já são mães, no Plano B e na vida real tam­bém. Parece que a cada dia está se afa­s­tan­do mais de coisas tão nat­u­rais, como o próprio cor­po, que qual­quer cois­in­ha aca­ba sendo um grande evento/segredo. Tão grande que virou até moti­vo para ser comé­dia. E é claro que não pode­ria fal­tar um bizarro clube de aju­da, para dar suporte a essas mães solteiras.

Ape­sar de ten­tar muito, Jen­nifer Lopez não con­segue con­vencer como atriz. Em algu­mas cenas que requerem uma atu­ação um pouco maior, chega a ser incô­mo­do vê-la brin­can­do de atriz. Mas na grande maio­r­ia, ela está ape­nas sendo ela mes­ma, como em prati­ca­mente todos os filmes que já fez.

Logo no iní­cio de Plano B há uma ani­mação (desen­ho), enquan­to se mostra alguns dos crédi­tos do filme que ficou total­mente per­di­da, já crian­do uma expec­ta­ti­va meio ruim do que poderá acon­te­cer. Isso sem men­cionar o fato que ela foi muito mal fei­ta, não tem nen­hu­ma vida (e humor), sendo total­mente mecâni­ca. Teria sido um recur­so até inter­es­sante para ser usa­do no final do filme, enquan­to todos os crédi­tos fos­sem lança­dos, mas que acabou sendo des­perdiça­do por apare­cer logo no começo.

Plano B se difer­en­cia por suas abor­da­gens pouco comuns, mas que não chegam a causar qual­quer tipo de incô­mo­do, con­seguin­do man­ter um rit­mo muito bom. Para quem gos­ta deste tipo de filme, ele é uma boa escol­ha de entreten­i­men­to, e para os out­ros, espero terem um bom plano b (ape­sar de fra­ca, é difí­cil não faz­er essa piadinha).

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Trail­er:

httpv://www.youtube.com/watch?v=fOMG_4qTnaI


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