Comemoração de 45 anos do Balé Teatro Guaíra

Espetácu­los com com­pan­hias de out­ras cidades e mesa redon­da mar­cam aniver­sário da com­pan­hia de Curitiba

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Curiti­ba e out­ras cin­co cidades terão a opor­tu­nidade de comem­o­rar os 45 anos do Balé Teatro Guaíra (BTG): Man­aus, São Paulo, Belo Hor­i­zonte, Sal­vador e Niterói. Estas local­i­dades foram sele­cionadas para rece­ber, a par­tir de 1º de out­ubro, a eta­pa cir­cu­lação do pro­je­to de aniver­sário do Balé, inti­t­u­la­do “Balé Teatro Guaíra & Cias”, que tem como anfitriões os gru­pos de dança de cada cidade: Cor­po de Dança do Ama­zonas, Balé da Cidade de São Paulo, Cia de Dança Palá­cio das Artes, Balé Teatro Cas­tro Alves e Cia de Bal­let da Cidade de Niterói. De acor­do com a pro­pos­ta, cada grupo exibirá uma core­ografia em sua local­i­dade e em Curiti­ba. O Balé Teatro Guaíra estará pre­sente em todas as apre­sen­tações. Em comum com o BTG, estas com­pan­hias con­struíram a história da dança no Brasil e pos­suem um sis­tema de gestão sim­i­lar, apoia­do no poder públi­co, além de afinidades em sua pro­pos­ta artís­ti­ca. Por con­ta dis­so, foram con­vi­dadas a dividir o pal­co com a com­pan­hia aniversariante.

Enten­demos que a mel­hor maneira para comem­o­rar esta data é nos aprox­i­mar­mos daque­les que admi­ram esta arte, seja com o públi­co ou com nos­sos par­ceiros de ofí­cio”, expli­ca a dire­to­ra do Balé Teatro Guaíra, Cin­tia Napoli. O Balé Teatro Guaíra foi cri­a­do em 1969 pelo Gov­er­no do Esta­do do Paraná. Durante todo seu per­cur­so con­tou com impor­tantes dire­tores e coreó­grafos, acu­mu­lan­do mais de 130 core­ografias real­izadas. Na atu­al direção de Cin­tia Napoli, o BTG tem como metas a con­cretiza­ção de políti­cas de aces­si­bil­i­dade à dança, a pro­moção de espaços de incen­ti­vo ao artista cri­ador e a difusão e pro­dução de espetácu­los que inte­gram o seu repertório.

Assim, o Balé Teatro Guaíra se apre­sen­tará em seis cidades, de 1º de out­ubro a 23 de novem­bro, com entra­da fran­ca. Em Curiti­ba, sede do BTG, acon­tece a eta­pa local do pro­je­to, onde todas as com­pan­hias se apre­sen­tarão na sem­ana de 13 a 16 de novem­bro. Cumpre a agen­da comem­o­ra­ti­va da sem­ana a real­iza­ção de duas mesas redondas, que acon­te­cerão com a par­tic­i­pação dos dire­tores das com­pan­hias vis­i­tantes e ativi­dades com­ple­mentares. O obje­ti­vo do encon­tro é dis­cu­tir os rumos e opor­tu­nidades dos balés que estão lig­a­dos a esferas gov­er­na­men­tais. Espera-se reunir, além de bailar­i­nos, estu­dantes e demais profis­sion­ais da dança, movi­men­tan­do a cena da dança do país.

Para além da aprox­i­mação entre os artis­tas, con­ta­mos com a par­tic­i­pação ati­va da comu­nidade. Acred­i­ta­mos que as ver­dadeiras trans­for­mações se fazem nas ações, atuan­do efe­ti­va­mente na con­strução e for­t­alec­i­men­to da cul­tura no nos­so país”, diz Cin­tia Napoli.

O pro­je­to Balé Teatro Guaíra e Cias con­ta com o apoio da Lei de Incen­ti­vo à Cul­tura, pro­dução da Asso­ci­ação de Bailar­i­nos e Apoiadores do Balé Teatro Guaíra, copro­dução do Cen­tro Cul­tur­al Teatro Guaíra e patrocínio da Com­pan­hia de Sanea­men­to do Paraná (Sanepar), BNDES e Volvo.

Espetáculos – Etapa Circulação

Ao lon­go de toda a cir­cu­lação, o Balé Teatro Guaíra apre­sen­tará duas core­ografias: Pred­ica­ti­vo do Sujeito, de Alex Soares, eA Sagração da Pri­mav­era, de Olga Ror­iz. No primeiro balé, ao som pre­dom­i­nante de Bolero de Rav­el, sete bailar­i­nos procu­ram esta­b­ele­cer sutil­mente o con­fli­to de suas per­sonas em bus­ca pela ani­ma, ou seja, lado fem­i­ni­no, rep­re­sen­ta­do por uma úni­ca mul­her. Com cor­po­ral­i­dade inten­sa e toques de humor, Pred­ica­ti­vo do Sujeito lev­an­ta questões exis­ten­ci­ais sobre o homem e sua vivên­cia. A com­posição do músi­co rus­so Igor Stravin­sky A Sagração da Pri­mav­era e a core­ografia de Vaslav Nijin­sky nar­ram a tra­jetória de uma garo­ta mar­ca­da para ser entregue como ofer­en­da ao Deus da Pri­mav­era, visan­do a boa col­hei­ta. A irreverên­cia do músi­co e a visão de Nijin­sky causaram grande polêmi­ca na época de sua estreia, em Paris, em 1913.

O Cor­po de Dança do Ama­zonas, de Man­aus, apre­sen­tará o espetácu­lo Vazantes, cuja inspi­ração par­tiu da oscilação dos rios Ama­zonas, obser­va­da por Mario Nasci­men­to. A obra é uma metá­fo­ra do movi­men­to da cidade e seus con­trastes, e seu calor úmi­do e humano, além de val­orizar por meio de movi­men­tos fervil­hantes a sin­gu­lar­i­dade de seus lugares e sua rica miscigenação.

O Balé da Cidade de São Paulo apre­sen­ta Can­ta­ta de Mau­ro Bigonzetti, uma explosão core­ográ­fi­ca com as típi­cas cores vibrantes do sul da Itália. Gestos apaixon­a­dos e vis­cerais evo­cam um tipo de beleza sel­vagem do Mediter­râ­neo e a dança instin­ti­va e vital explo­ra as várias fac­etas da relação entre homem e mul­her: sedução, paixão, brigas e ciúmes.Can­ta­ta ain­da faz uma hom­e­nagem a cul­tura ital­iana e a tradição musical.

A Cia de Dança Palá­cio das Artes, de Belo Hor­i­zonte, traz Entre o Céu e As Ser­ras com direção de Cristi­na Macha­do, um dos seus maiores suces­sos, que estre­ou em 2000. Vis­to por mais de 30 mil pes­soas, o espetácu­lo traz diver­sas refer­ên­cias cul­tur­ais ao perío­do bar­ro­co e à for­mação do povo mineiro, emoldu­radas por diver­sas tec­nolo­gias e lin­gua­gens con­tem­porâneas, em diál­o­go per­ma­nente entre a tradição e a inovação.

O Balé Teatro Cas­tro Alves, e Sal­vador, apre­sen­ta …Ou Isso de Jomar Mesqui­ta e Rodri­go de Cas­tro, que retra­ta as out­ras pos­si­bil­i­dades de enx­er­gar o mun­do, de ver as coisas, transpon­do sen­ti­dos, com um olhar ingên­uo, lúdi­co, quase infan­til, mas ao mes­mo tem­po mais astu­to e sin­cero. O espetácu­lo visa, ain­da, trans­fig­u­rar a real­i­dade, ver com olhos livres de mod­e­los pré-concebidos.

A Cia de Bal­let da Cidade de Niterói apre­sen­ta Casa de Carii de Glei­d­son Vigne, que responde ao desafio da exper­i­men­tação de difer­entes for­mas de ver e enten­der a con­tem­po­ranei­dade sem rejeitar sua brasil­i­dade. O espetácu­lo uti­liza a riqueza sono­ra do rit­mo brasileiro jun­ta­mente com as pos­si­bil­i­dades de sons mecâni­cos, que a tec­nolo­gia hoje pro­por­ciona, para bus­car uma fusão com as nuances e dinâmi­cas da dança contemporânea.

Espetáculos em Curitiba

Para os espetácu­los em Curiti­ba, há algu­mas difer­enças de repertório. O Balé da Cidade de São Paulo, apre­sen­tará três espetácu­los. Em Uneven (Desigual), o coreó­grafo espan­hol Cayetano Soto explo­ra o sen­ti­men­to de estar fora do eixo. O desen­ho de pal­co é desigual, com um dos can­tos lev­an­ta­dos para ilus­trar o sen­ti­men­to e o sen­ti­do do dese­qui­líbrio físi­co. Soto é con­heci­do por seu tra­bal­ho extrema­mente téc­ni­co, com­plexo e impre­visív­el. No due­to O Bal­cão de Amor (Duo), a core­ografia é cheia de ener­gia, elab­o­ra­da após uma viagem do coreó­grafo Itzik Galili à Cuba. Já Abrup­to., de Alex Soares,retra­ta o momen­to de uma catarse e seus des­do­bra­men­tos. Assim como numa tra­jetória de vida, Abrup­to. tam­bém con­fronta o públi­co com mod­e­los de relações, onde indi­ví­duo e grupo estão conec­ta­dos de maneira imprevisível.

O Bal­let da Cidade de Niterói ence­nará o espetácu­lo Romeu e Juli­eta, con­ce­bido pelo reno­ma­do coreó­grafo por­tuguês Andre Mesqui­ta — pre­mi­a­do inter­na­cional­mente, e que vem core­ografan­do para com­pan­hias de dança con­tem­porânea de diver­sos país­es, como Ale­man­ha, Bél­gi­ca, Dina­mar­ca e Suíça, além de Por­tu­gal e do próprio Brasil (Balé da Cidade de São Paulo).

Por fim, a G2 apre­sen­tará Blow Elliot Ben­jamin, de Clei­de Piasec­ki, que con­ta a história de Elliot, um homem que após ser diag­nos­ti­ca­do com câncer no pân­creas e ten­do ape­nas seis meses de vida e decide mudar seus hábitos.  Para aproveitar o pouco tem­po que lhe res­ta, aban­dona o tra­bal­ho, deixa de pagar a hipote­ca da casa e se des­faz dos poucos bens que pos­suía — man­tém ape­nas um ter­no com o qual dev­e­ria ser enter­ra­do; com­pra um jazi­go, faz uma apólice de seguro e resolve viv­er seus últi­mos dias numa far­ra de gas­tanças com a esposa. Pas­sa­do seis meses, porém, Elliot con­tin­ua vivo e seus sin­tomas desa­pare­cem. Um ano depois de seu primeiro diag­nós­ti­co, todos, estran­han­do seu “exces­so de vida”, pas­sam a cobrar-lhe os favores que foram con­ce­di­dos por con­ta de seu grave esta­do de saúde. Acua­do, guar­da seg­re­do sobre o diag­nós­ti­co fal­so. Um dia, num aci­dente banal, Elliot engas­ga com um osso de gal­in­ha e um pequeno frag­men­to pen­e­tra seu pul­mão, cau­san­do sua morte.

SERVIÇO: Balé Teatro Guaíra & Cias

1o de out­ubro — Man­aus (AM)
Cor­po de Dança do Ama­zonas – Vazantes
Balé Teatro Guaíra – Pred­ica­ti­vo do Sujeito
Horário: 20h
Local: Teatro do Ama­zonas — Aveni­da Eduar­do Ribeiro, Cen­tro, Man­aus (AM)
Infor­mações: (92) 3622–1880

17 e 18 de out­ubro — São Paulo (SP)
Balé da Cidade de São Paulo – Cantata
Balé Teatro Guaíra – A Sagração da Primavera
Horário: 21h
Local: Auditório Ibi­ra­puera — Aveni­da Pedro Álvares Cabral, Portão 2, Par­que Ibi­ra­puera — Ibi­ra­puera, São Paulo (SP)
Infor­mações: (11) 3629–1075

24 de out­ubro — Belo Hor­i­zonte (MG)
Cia de Dança Palá­cio das Artes – Entre o Céu e as Serras
Balé Teatro Guaíra – A Sagração da Primavera
Horário: 21h
Local: SESC Pal­la­di­um — Av. Augus­to de Lima, 420 — Cen­tro, Belo Hor­i­zonte (MG)
Infor­mações: (31) 3214–5350

30 e 31 de out­ubro — Sal­vador (BA)
Balé Teatro Cas­tro Alves — …Ou Isso
Balé Teatro Guaíra – A Sagração da Primavera
Horário: 20h
Local: Teatro Cas­tro Alves — Praça Dois de Julho,s/n, Cam­po Grande, Sal­vador (BA)
Infor­mações: (71) 3535–060

13 de novem­bro — Curiti­ba (PR)
Balé Teatro Guaíra – A Sagração da Primavera
Horário: 21h
Local: Teatro Guaíra – Auditório Ben­to Munhoz da Rocha Net­to – Rua Con­sel­heiro Lau­rindo, s/nº Curiti­ba (PR)
Infor­mações: (41) 3304–7914

14 de novem­bro – Curiti­ba (PR)
Cia. de Dança Palá­cio das Artes – Entre o Céu e as Serras
Horário: 21h
Local: Teatro Guaíra – Auditório Ben­to Munhoz da Rocha Net­to – Rua Con­sel­heiro Lau­rindo, s/nº Curiti­ba (PR)
Infor­mações: (41) 3304–7914

G2 Cia de Dança – Blow Elliot Benjamin
Horário: 19h
Local: Teatro Guaíra – Auditório Sal­vador de Fer­rante — R. XV de Novem­bro, 971, Cen­tro, Curiti­ba (PR)
Informações:(41) 3304–7900

15 de novem­bro – Curiti­ba (PR)
Balé da Cidade de São Paulo – Uneven, O Bal­cão do Amor (Duo), Abrupto.
Horário: 21h
Local: Teatro Guaíra – Auditório Ben­to Munhoz da Rocha Net­to – Rua Con­sel­heiro Lau­rindo, s/nº Curiti­ba (PR)
Infor­mações: (41) 3304–7914

Cor­po de Dança do Ama­zonas – Sagração da Primavera
Horário: 19h
Local: Teatro Guaíra – Auditório Sal­vador de Fer­rante — R. XV de Novem­bro, 971, Cen­tro, Curiti­ba (PR)
Informações:(41) 3304–7900

16 de novem­bro – Curiti­ba (PR)
Com­pan­hia de Bal­let da Cidade de Niterói – Romeu e Julieta
Horário: 21h
Local: Teatro Guaíra – Auditório Ben­to Munhoz da Rocha Net­to – Rua Con­sel­heiro Lau­rindo, s/nº Curiti­ba (PR)
Infor­mações: (41) 3304–7914

Balé Teatro Cas­tro Alves — …Ou Isso
Horário: 19h
Local: Teatro Guaíra – Auditório Sal­vador de Fer­rante — R. XV de Novem­bro, 971, Cen­tro, Curiti­ba (PR)
Informações:(41) 3304–7900

21, 22 e 23 de novem­bro — Niterói (RJ)
Com­pan­hia de Bal­let da Cidade de Niterói – Casa de Carii
Balé Teatro Guaíra – A Sagração da Primavera
Horário: 21 e 22 às 20h e 23 às 18h
Local: Teatro Pop­u­lar Oscar Niemey­er – Rua Jor­nal­ista Rogério Coel­ho Neto, s/n Niterói (RJ)
Infor­mações: (21) 2613 2734

Informações sobre as companhias de dança

BALÉ TEATRO GUAÍRA

O Balé Teatro Guaíra foi cri­a­do em 1969 pelo Gov­er­no do Esta­do do Paraná. Durante todo seu per­cur­so con­tou com impor­tantes dire­tores e coreó­grafos, acu­mu­lan­do mais de 130 core­ografias real­izadas. Teve como primeiros dire­tores Ceme Jam­bay, Yara de Cun­to, Yurek Shablews­ki, Hugo Delavalle e Eric Waldo.

Em 1979, o coreó­grafo por­tuguês Car­los Trincheiras assum­iu a direção e per­maneceu até 1993. Nesse perío­do a com­pan­hia gan­hou recon­hec­i­men­to inter­na­cional, com destaque para a obra O Grande Cir­co Mís­ti­co, inspi­ra­da no poe­ma de Jorge de Lima, com músi­ca espe­cial­mente com­pos­ta por Edu Lobo e Chico Buar­que. Izabel San­ta Rosa, Jair Moraes, Mar­ta Nejm, Christi­na Purri, Susana Bra­ga, Car­la Rei­necke, Andréa Sério, tam­bém diri­gi­ram e con­tribuíram com a con­strução da história do Balé.

Além das cri­ações dos próprios dire­tores, o Balé con­tou ain­da com coreó­grafos como John But­ler, Milko Sparem­bleck, Vas­co Wellemkemp, Mau­rice Bejárt, Ana Mon­di­ni, Luis Arri­eta, Hen­ning Paar, Julio Mota, Tín­daro Sil­vano, Már­cia Hay­dée, Ana Vitória, Eduar­do Ibañez, Andréa Lern­er, Rosane Chame­ki, Roseli Rodrigues, Rodri­go Ped­erneiras, Hen­rique Rodoval­ho, Felix Lan­der­er, David Zam­bra­no, Luiz Fer­nan­do Bon­gio­van­ni, Rui Mor­eira, Car­men Jorge, Olga Ror­iz e Gus­ta­vo Ramirez Sansano.

Em abril de 2012, a com­pan­hia par­ticipou do Dil­beek Art & Tech Fes­ti­val, na Bél­gi­ca, e da Bien­al Inter­na­cional da Dança, em Curiti­ba, com o espetácu­lo Core­ografias para Ambi­entes Prepara­dos. No segun­do semes­tre, o BTG real­i­zou turnê com A Sagração da Pri­mav­era em sete cidades do Paraná, Bien­al Inter­na­cional de Dança do Ceará e Fes­ti­val Inter­na­cional do Recife.

Em 2013 o Balé Teatro Guaíra fir­mou impor­tantes parce­rias: BTG e DANCEP (Colé­gio Estad­ual do Paraná) e BTG no MON + Arte. Par­ticipou como con­vi­da­do espe­cial na noite de gala do 31º Fes­ti­val de Dança de Joinville em 2013.

Na atu­al direção de Cin­tia Napoli (2012) o BTG tem como meta: a con­cretiza­ção de políti­cas de aces­si­bil­i­dade à dança, a pro­moção de espaços de incen­ti­vo ao artista cri­ador e a difusão e pro­dução de espetácu­los que inte­gram o seu repertório. É neste sen­ti­do que o BTG esta­b­elece um diál­o­go com a con­tem­po­ranei­dade, ao mes­mo tem­po em que preser­va e val­oriza a sua história.

GUAÍRA 2 CIA DE DANÇA

Cri­a­do em dezem­bro de 1999, o Guaíra 2 Cia de Dança (G2) é for­ma­do por bailar­i­nos que atu­aram no Balé Teatro Guaíra e incen­ti­va­dos pela pesquisa de movi­men­to e cri­ação cole­ti­va, dedicam-se à mon­tagem de espetácu­los como “intér­pretes-cri­adores”, alian­do a sua téc­ni­ca à maturi­dade artís­ti­ca na bus­ca de novos rumos e estéti­cas na lin­guagem da dança con­tem­porânea. A empa­tia com o públi­co traz recon­hec­i­men­to e dá estí­mu­lo à sua continuidade.

Ao lon­go dess­es anos diver­sos coreó­grafos con­tribuíram para a cri­ação de seu repertório, tais como Tuca Pin­heiro, Adri­ana Grechi, Mar­i­la Vel­lozo, Pedro Pires, Sueli Macha­do (Grupo 1º ato), Jane Com­fort (Jane Com­fort Com­pa­ny), Eunice Oliveira e Júlio Mota, bailar­i­no inte­grante da Cia des­de a sua cri­ação. Tam­bém par­ticipou como con­vi­da­do para desen­volver um tra­bal­ho, o Dire­tor de Teatro, Mau­rí­cio Vogue. Em 2000, o G2 rece­beu o “Prêmio Estí­mu­lo” da Asso­ci­ação Paulista de Críti­cos de Arte (APCA), como incen­ti­vo ao tra­bal­ho de ampli­ação da car­reira de bailar­i­no, geral­mente cur­ta, tra­bal­ho este que pou­cas Com­pan­hias no mun­do estão fazen­do. Em 2008, surge o pro­je­to vit­rine, cri­a­do pela pro­fes­so­ra Rosimeri Rocha, que pro­por­cio­nou ao G2 insti­gar o públi­co curitibano a obser­var e pen­sar a dança con­tem­porânea sob uma nova óti­ca, con­tribuin­do para a for­mação de uma platéia inter­es­sa­da no caráter inves­tiga­ti­vo que esta modal­i­dade possibilita.

CORPO DE DANÇA DO AMAZONAS

O Cor­po de Dança do Ama­zonas — CDA foi cri­a­do em 1998 pelo Gov­er­no do Esta­do do Ama­zonas, através da Sec­re­taria de Cul­tura, para com­por os Cor­pos Artís­ti­cos do Teatro Ama­zonas. O CDA man­tém uma pro­gra­mação artís­ti­ca com repertório diver­so onde obje­ti­va apre­sen­tar a diver­si­dade cul­tur­al local por meio da plu­ral­i­dade da dança con­tem­porânea e, assim, con­tribuir com a for­mação de um públi­co críti­co, que rece­ba em cada apre­sen­tação a qual­i­dade, toda ener­gia e paixão que a com­pan­hia tem no seu jeito de faz­er dança.”

BALÉ DA CIDADE DE SÃO PAULO

O Balé da Cidade de São Paulo foi cri­a­do em 07 de Fevereiro de 1968, com o nome de Cor­po de Baile Munic­i­pal. Ini­cial­mente com a pro­pos­ta de acom­pan­har as óperas do The­atro Munic­i­pal e se apre­sen­tar com obras do repertório clás­si­co, teve John­ny Franklin como seu primeiro dire­tor artís­ti­co. Em 1974 sob a direção Anto­nio Car­los Car­doso, a com­pan­hia assum­iu o per­fil de dança con­tem­porânea, que man­tém até hoje. A par­tir daí tornou-se pre­sença desta­ca­da no cenário da dança sul-amer­i­cana, mar­can­do época por ino­var a lin­guagem e mostrar ao públi­co um elen­co afinado.

Em 25 de Setem­bro de 1981 pas­sou a se chamar Balé da Cidade de São Paulo. A longev­i­dade do Balé da Cidade de São Paulo, o rig­or e padrão téc­ni­co de seu elen­co e equipe artís­ti­ca, atraem os mais impor­tantes coreó­grafos brasileiros e inter­na­cionais inter­es­sa­dos em cri­ar obras para seus bailar­i­nos e artis­tas. O con­jun­to de suas con­quis­tas demon­stra a importân­cia da sua atu­ação na cul­tura da cidade de São Paulo, capaz de pro­duzir arte de qual­i­dade para a pop­u­lação da cidade.

CIA. DE DANÇA PALÁCIO DAS ARTES

A Cia. de Dança Palá­cio das Artes (CDPA), com­pos­ta por 25 bailar­i­nos, é recon­heci­da como uma das mais impor­tantes com­pan­hias do Brasil e uma das refer­ên­cias na história da dança em Minas Gerais. O Grupo desen­volve hoje um repertório próprio de dança con­tem­porânea e se inte­gra aos out­ros cor­pos artís­ti­cos da Fun­dação Clóvis Sal­ga­do – Orques­tra Sin­fôni­ca de Minas Gerais e Coral Líri­co de Minas Gerais – em pro­duções operís­ti­cas e espetácu­los cêni­co-musi­cais real­iza­dos pela Insti­tu­ição ou em parce­ria com artis­tas brasileiros.

A Cia. de Dança Palá­cio das Artes foi fun­da­da em 1971, ini­cian­do seus tra­bal­hos com um repertório clás­si­co. Em 1999 hou­ve uma rup­tura do Grupo com a lin­guagem clás­si­ca e deu-se o iní­cio dos tra­bal­hos com o méto­do bailar­i­no-pesquisador-intér­prete, que propõe a legit­i­mação do bailar­i­no como sujeito de sua própria dança. Seus espetácu­los estim­u­lam o pen­sa­men­to críti­co e reflex­i­vo em torno das questões con­tem­porâneas. Em sua tra­jetória, já se apre­sen­tou em várias cidades do inte­ri­or de Minas, cap­i­tais do Brasil e tam­bém em país­es como Cuba, França, Itália, Palesti­na, Jordâ­nia, Líbano e Portugal.

BALÉ TEATRO CASTRO ALVES

O Balé Teatro Cas­tro Alves, com­pan­hia de dança ofi­cial da Bahia, foi fun­da­do em 1º de abril de 1981, pelo Gov­er­no do Esta­do. A com­pan­hia é man­ti­da, atual­mente, pela Fun­dação Cul­tur­al — unidade da Sec­re­taria de Cul­tura. Em 2014, o BTCA comem­o­rou seus 30 anos de existên­cia, sob a atu­al Curado­ria Artís­ti­ca do ator e dire­tor paulista, Jorge Ver­mel­ho e com Asses­so­ria Artís­ti­ca da baila­r­i­na do BTCA, Ivete Ramos.

Des­de a sua cri­ação, a com­pan­hia assum­iu a dança con­tem­porânea como fer­ra­men­ta de con­strução dos seus espetácu­los, apre­sen­tan­do coreó­grafos como Vic­tor Navar­ro, Lia Robat­to, Anto­nio Car­los Car­doso, Car­los Moraes, Luis Arri­eta, Oscar Arraiz, Guil­herme Botel­ho, Tín­daro Sil­vano, Mario Nasci­men­to, Ismael Ivo, Hen­rique Rodoval­ho, Jomar Mesqui­ta, Tuca Pin­heiro, entre outros.

Hoje, com um cor­po estáv­el for­ma­do por 36 bailar­i­nos, a com­pan­hia con­ta com mais de 50 mon­ta­gens em seu repertório, se tor­nan­do uma pre­sença desta­ca­da nos cenários nacional e inter­na­cional da dança.

COMPANHIA DE BALLET DA CIDADE DE NITERÓI

Des­de sua fun­dação em 1o de março de 1992, a Com­pan­hia de Bal­let da Cidade de Niterói tem a respon­s­abil­i­dade de ampli­ar e democ­ra­ti­zar o aces­so à arte. Não era de todo inimag­ináv­el que uma com­pan­hia profis­sion­al sur­gisse em Niterói, celeiro de grandes bailar­i­nos como Már­cia Hay­dée, Nina Ver­chin­i­na, Jânia Batista, Áurea Ham­mer­li, Rober­to Lima e tan­tos out­ros. Recon­hecen­do este val­or, a Prefeitu­ra de Niterói criou a com­pan­hia de dança da cidade com a pro­pos­ta de ser um cen­tro ref­er­en­cial de tra­bal­ho para bailar­i­nos, pro­fes­sores, coreó­grafos e out­ros profis­sion­ais rela­ciona­dos ao mun­do da dança, o que foi muito bem suce­di­do e moti­vo de elo­gios em todo o Brasil e no exte­ri­or. Séti­ma com­pan­hia públi­ca de dança a ser cri­a­da no país, é recon­heci­da­mente um dos mais impor­tantes cen­tros nacionais de pro­duções contemporâneas.

Atual­mente dirigi­da artis­ti­ca­mente por Pedro Pires, a Com­pan­hia de Bal­let da Cidade de Niterói se abriu para novos e desafi­antes hor­i­zontes, sendo declar­a­da, em 05 de Janeiro de 2012, Bem Cul­tur­al de Natureza Ima­te­r­i­al do Esta­do do Rio de Janeiro dev­i­do a sua impor­tante con­tribuição cul­tur­al. For­ma­da por trin­ta bailar­i­nos, apre­sen­ta como lin­ha de tra­bal­ho a dança con­tem­porânea. Com uma mala dire­ta com cer­ca de oito mil espec­ta­dores, a Com­pan­hia já se apre­sen­tou em mais de 60 cidades brasileiras e em diver­sas cidades do exte­ri­or como Hagen (Ale­man­ha), Mon­te­v­ideo (Uruguai) e Nova York (EUA).


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Dossiê Daniel Piza
Spirallab